quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Decoração de Outono

Agora que o Outono já se instalou de vez e o frio começa a apertar, começamos a pensar no quentinho das lareiras, dos ventiladores, do aquecimento central e outros “aparelhos” semelhantes. Mas isto traz custos, tanto monetários como ecológicos.

A primeira medida para atrasar a utilização de qualquer uma destas formas artificiais de aquecimento é: vestir mais roupa, pois claro. Mais uma camisola, mais um casaco, umas meias mais quentinhas, um lenço ou cachecol para proteger a garganta, um gorro para não deixar o calor sair pela cabeça (proteger a cabeça do frio é mais importante do que se pensa).

Já em casa, faço o mesmo. Troco a “roupa” da casa e junto-lhe umas peças mais quentinhas. Para além das mudanças evidentes na roupa da cama, em que se coloca mais um cobertor ou edredon e lençóis de um tecido mais quente, faço uma outra mudança nas peças que “vestem” a casa. 
Esta alteração apesar de aparentemente ser só estética, vai permitir adiar o dia em que se acende a lareira/fogão de lenha ou se liga o aquecimento e/ou ventiladores. E é tão simples:

- Volto a colocar os tapetes na sala e no quarto (tinha-os tirado no Verão). Já não sabe bem andar descalço no chão simples e até com as pantufas se nota a diferença térmica.
- Troco os cortinados leves de Verão por uns de tecido mais grosso, que ajuda evitar as saídas do calor pelas frinchas que possam haver nas janelas e as entradas de frio exterior.
- As mantas voltam aos sofás, pois para já prefiro enroscar-me numa manta, a ligar o botão do aquecedor.
- As capas das almofadas também são trocadas, por umas mais quentinhas.   

(Camisolas velhas transformam-se em almofadas novas) - Imagem daqui
E porque não fazer a reutilização das camisolas que já não se usam (e que muitas vezes só estão a ocupar espaço nos armários) e transformá-las em almofadas aconchegantes?
 
Às vezes bastam umas pequenas mudanças “de roupa”, para adiar o dia em que se liga o aquecimento a primeira vez.

E vocês, fazem mudanças na “roupa” da casa, consoante as estações?

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

O que é SPA - Síndrome do Pensamento Acelerado

Já há algum tempo que ando para falar aqui de Mindfulness, que é um tema que me interessa bastante e com o qual me identifico, pois tem a ver com equilíbrio e "despoluição", neste caso, da nossa mente. Mas antes de falar desse tema, tenho que ir mais atrás e começar pelo início. 
Assim, irei falar hoje sobre o  SPA - Síndrome do Pensamento Acelerado e tentar explicar o que é.

A primeira vez que me deparei com este conceito foi a folhear um livro de Augusto Cury, onde ele fala sobre um dos males que assolam este nosso mundo moderno e "evoluído", a ansiedade. Na verdade, acabei por (também) não comprar o livro deste autor, mas ao ler o que era SPA, relacionei-me com o conceito. Foi então que decidi falar sobre a despoluição da mente, aqui no blogue, e sobre as minhas experiências em relação a isto tudo.

Mas vamos começar pelo início: O que é afinal o Síndrome do Pensamento Acelerado?
Como o próprio nome indica, é quando a nossa mente anda constantemente inundada de pensamentos, sempre acelerada ao limite, levando ao desgaste emocional. Isto advém do excesso de informação, estímulos e actividades a que o nosso cérebro é exposto diariamente. Parece que o nosso cortéx cerebral não gosta deste excesso de informação e transforma-se numa mente "hiper pensante, agitada, pouco tolerante, impaciente e sem criatividade." 
 
Isto soa-vos familiar?
Queremos fazer tudo, ter tudo, ler tudo, conhecer tudo, ir a tudo, e a televisão, os medias, as redes sociais e até a própria sociedade (emprego, amigos, família...) contribuem para isso. E nós tontinhos, vamos na cantiga... 

Mas a verdade é que nós não fomos feitos para esta agitação toda. A nossa mente não aguenta e o nosso corpo também não. Já diziam os antigos: "Quem muitos burros toca, algum há-de deixar para trás".


Estes são alguns dos sintomas identificados do SPA:
- distúrbios do sono;
- agitação;
- impaciência constante;
- irritabilidade;
- falta de memória;
- constante procura de estímulos (p.ex: nas redes sociais);
- fadiga excessiva;
- flutuação de humor;
- constante sensação de cansaço, ao acordar;
- inquietação geral;
- dores de cabeça e musculares;
- queda de cabelo;
- gastrites;
 
Segundo o autor, este Síndrome assola à volta de 80% da população mundial e, quando se entra no tema, consegue-se perceber que é um número que pode ser bem real. Como ele próprio diz: "Pensar é bom, pensar com lucidez é ótimo, porém pensar demais é uma bomba contra a saúde psíquica, o prazer de viver e a criatividade."

Falando da minha experiência pessoal, em relação ao SPA, é como dizem os americanos: "been there, done that". Na verdade, já sofri muito disto e, por vezes, ainda sofro. Também sei que não sou a única a sentir-me assim, pois passeando nalguns blogues, trocando comentários com outros autores, com amigos e familiares, cheguei à conclusão que é um "mal" bastante generalizado.

Mas, o que se pode fazer para combater isto? Várias coisas, mas para mim a mais importante é tomar consciência. A partir do momento que se toma consciência, que se identifica que há um problema e que se quer resolver esse problema, a solução fica mais perto.

A "limpeza" da (minha) mente do frenesim actual e distinguir o que é necessário do que é acessório, são também passos importantes na conquista do (meu) equilíbrio. Mas isto já é assunto para outro dia :)

E vocês, sofrem de SPA? Já conheciam o conceito? 

Para mais informações sobre o tema, vejam aqui.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

A minha Alimentação

"Nós somos aquilo que comemos."

Depois de ter passado o Verão a ler em vários blogs, mil e uma receitas de sumos e batidos detox (moda Primavera/Verão 2015 na blogosfera...), pensei várias vezes em falar da minha alimentação.
Não sei se é uma alimentação muito diferente da vossa (penso que não) ou se será muito especial, mas tento que seja o mais saudável, equilibrada, variada e ecológica possível.

Eu tenho a sorte de poder comer, diariamente, uns quantos alimentos produzidos por mim ou familiares/vizinhos, que sei que são o mais naturais e livres de químicos possível.

O facto de os cultivar eu própria, ou de serem cultivados na minha zona, também os torna mais ecológicos:
- Porque não tiveram que percorrer centenas ou milhares de quilómetros, gastando combustível e poluindo por aí. 
- Não tiveram que  que ser colhidos ainda verdes e transportados em câmaras frigoríficas para se conservarem "frescos" esses quilómetros todos. 
- Não foram produzidos em massa, desgastando solos e consequentemente tendo que ser utilizados adubos químicos para continuar a assegurar a produção. 

É lógico que não consigo produzir todos os alimentos que consumo, mas a auto-suficiência alimentar, pelo menos a nível dos vegetais, é um dos meus sonhos.

Na verdade, já não me posso queixar muito. Entre cebolas e alhos, batatas, couves todo ano e de diferentes variedades, ervas aromáticas diversas e outros legumes sazonais (pimentos, tomates, chuchus, courgetes, favas, ervilhas...), consigo utilizar, pelo menos um ingrediente da horta, em cada refeição. E quando faço sopa, muitas das vezes só utilizo ingredientes da horta :)

Ainda hoje ao almoço, nas Migas de Feijão Frade, cerca de 50% dos ingredientes vieram da minha horta ou de "hortas amigas". Ora confiram os ingredientes a verde:

Migas de Feijão Frade:

- Feijão Frade cozido;
- Couve Galega cortada em juliana e cozida;
- Broa de milho esmigalhada;
- Azeite q.b.
- Alho picado a gosto (aqui em casa gostamos muito);
- Sal, se necessário.

Aquecer o alho no azeite sem deixar queimar. Juntar a couve, o feijão e a broa aos poucos e alternadamente, envolvendo sempre. Se estiver a ficar muito seco, juntar um pouco mais de azeite. Provar e temperar de sal, se necessário.

E olhem o que nos trouxeram ontem: couves bem naturais (com um caracol a comprovar - vejam logo acima das letras).


 E ainda pimentos e ovos de galinhas caseiras.


Bom fim de semana!!!